Você já se perguntou sobre os motivos que fizeram alguns salões se fortalecerem com a crise da pandemia?
Pode ser que sim, mas também pode ser que não. Os sinais já vêm, há algum tempo, mostrando que o mundo dos salões sofreria uma descontinuidade, ou uma mudança brusca. A crise só acelerou este processo.
Há três indicadores dessa tendência que merecem destaque:
- O número de pessoas ensinando beleza na web, os impressionantes números de seguidoras/seguidores destes influenciadores e o número de visualizações de algumas postagens, principalmente no Instagram e no YouTube.
- A quantidade, qualidade e “invisibilidade” dos aplicativos de oferta de prestação de serviços de profissionais autônomos.
- O reposicionamento do varejo no campo da experiência, seja nas lojas físicas, seja no e-commerce.
Se há um quarto sinal, forte concorrente destes três, é a mesmice do mercado de salões, incluindo a qualidade média dos serviços prestados, somente atenuada pela visível melhoria da proposta das barbearias.
Com base nisto, é possível compreender os motivos pelos quais alguns salões se fortaleceram e outros foram derrubados. Muitos proprietários e cabeleireiros se tornaram influenciadores e nem perceberam e os resultados são concretos.
Os números de salões que fecharam definitivamente ainda são pouco confiáveis e talvez somente em 2022 teremos uma visão mais clara disso. Segundo a imprensa, que fornece informações colhidas de fontes que trabalham as bases de informação sem o devido tratamento estatístico, este número seria superior a 375 mil salões.
Seja este número, seja um número diferente dele, é possível afirmar que aqueles que se fortaleceram miraram estratégias, mesmo sem perceber claramente que tinham “inventado” ou feito algo diferente e este é o motivo do fortalecimento de alguns salões.
Inovação pode ser o rearranjo das peças que formam a proposta de um negócio e, às vezes, isto custa muito menos que um fechamento forçado.